Ele nasceu pobre, no interior
brasileiro, em meio a uma cultura semifeudal. Maneiras delicadas, mestiço,
pouco agraciado com beleza física, e só teve oportunidade de cursar até o
quarto ano do ensino fundamental. Em suma: o quadro circunstancial para
propiciar, à perfeição, o surgimento de um “João Ninguém” – nos dizeres jocosos
que aqui nos permitimos utilizar, em caráter de reforço ao justo valor da personalidade
a quem aludimos.
Um estudo levado a cabo por um
representante da NASA, no final dos anos 1970, revelou que ele possuía 20
metros de diâmetro de aura – um fenômeno intimamente relacionado à qualidade e
elevação dos sentimentos de um indivíduo. Mais de 400 livros psicografados,
assinados por centenas de autores espirituais, versando desde ciência avançada
até literatura erudita. Centenas de obras sociais diretamente inspiradas por
seu trabalho, ícone transreligioso admirado por todos os segmentos culturais
brasileiros, década sobre década.
Gênio mediúnico? Alma santa, por suas
virtudes incontestavelmente acima do normal? Sim, não nutrimos dúvidas quanto a
estas qualificações. Todavia, no que concerne à função que desempenhou durante
sua prolífera e gloriosa reencarnação (e que ainda exerce, para além da matéria
densa), na “Pátria do Cruzeiro”, diríamos que, simbólica, mitológica ou
arquetipicamente falando (ou como se queira entender), Francisco Cândido
Xavier, o adorável Chico Xavier, foi, no nosso parecer, o “Avatar” (*)
brasileiro do século XX.
(Psicografia recebida em 02/04/2013,
centésimo terceiro aniversário de nascimento de Chico Xavier.)
(*) Conceito do hinduísmo, empregado
para fazer referência a seres pretensamente em faixa búdica de consciência,
considerados encarnações da Divindade. Como fica claro no texto, a Mestra
Espiritual faz uma utilização metafórica do termo, para dar uma ideia da
importância sagrada e dimensão ciclópica da missão que Chico Xavier realizou
como médium e porta-voz da Espiritualidade Sublime, para o país e
além-fronteiras. (Nota do médium)